Histórico da Feira de Agricultura Familiar de São Ludgero. O presente trabalho relata a experiência de desenvolvimento de lideranças e a geração de renda criado a partir de trabalhos e metodologias do projeto Microbacias 2 iniciado em São Ludgero no ano de 2004 (como projeto piloto) com grupo coordenado por mulheres rurais no município de São Ludgero, Santa Catarina, com acompanhamento constante da equipe de trabalho do escritório municipal da Epagri. O trabalho é coordenado pela agricultora Salete Soethe Fuchter, foi fundado em junho de 2006, com 11 famílias. Agregaram-se, ainda os grupos de geração e renda, conhecidos por “Clubes de mães” que comercializavam o artesanato. Mais de 150 mulheres passaram a integrar esta rede com seus trabalhos, produzidos direta e indiretamente. O objetivo principal: a comercialização direta de produtos “Coloniais” aos consumidores; integração das famílias do campo e da cidade; valorização e preservação de valores culturais, saber fazer local tradicional “produtos com valores históricos” que constituem patrimônio imaterial do município; as ações e tomadas de decisões são realizadas de forma coletiva e prioriza-se a participação de toda a família, desde a juventude até os idosos. Após diversas etapas de gestão, chegou-se, a definições através de regimento interno próprio, onde os jovens gerenciam toda a área financeira, produção de rótulos, pagamentos e compras para manutenção do local de venda, todos os produtos são identificados com código de barras, com um caixa único, sendo que ao final da feira, após impressão de relatório de vendas, cada um recebe o seu valor correspondente e contribui com 5 % de suas vendas para um caixa, cujos recursos são para manutenção do ponto de venda. Atualmente a venda ocorre em um “quiosque” construído com recursos do projeto Microbacias 2, recursos das próprias famílias, e pagamento de aluguel do lote pela prefeitura municipal. Entre os principais alcances do grupo destaca-se a criação do SIM – Serviço de Inspeção Municipal. A feira funciona nas quartas feiras o dia todo e nos sábados durante a manhã, o grupo define um cronograma de limpeza do ponto de venda. A exemplo da Economia solidária a venda acontece de forma coletiva existindo um único caixa, todos são responsáveis pela venda dos produtos de todos os feirante não somente do que trouxe. Como utilizam o mesmo rótulo, identificando somente o família que produziu existe uma grande responsabilidade coletiva com relação a qualidade dos produtos ofertados aos consumidores. O grupo tem dedicado ao longo do anos, tempo para capacitações relativas a produção, específica para cada área trabalhada pelas famílias e ainda pela segunda vez realizaram o curso de boas práticas de fabricação de alimentos. Ainda pertinente a qualidade dos produtos é mantida a carteira de saúde me dia para todos os manipuladores de alimentos, bem como o alvará de funcionamento do ponto de venda. Atualmente são necessários investimentos na adequação das unidades para liberação do alvará da vigilância sanitária, de forma a dar condições de ampliação de mercado aos produtos. Gerando emprego e renda e possibilidades de jovens rurais permanecerem nessas atividades.


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